Esperava-nos um companheiro
rotário que gentilmente nos conduziu ao grandioso Mosteiro de Arouca, do séc. X
e fora habitado por religiosas. Fora doado mais tarde à beata Mafalda por seu
pai D. Sancho I. Contém uma Igreja lindíssima que visitamos ao pormenor.
Depois passamos pela capela da
Misericórdia de estilo maneirista com quadros pintados com cenas bíblicas da
paixão de Cristo.
O almoço foi servido pelo típico
restaurante Quinha da Quinta onde nos serviram um conjunto de iguarias da
região de Arouca salientando a saborosa posta na brasa de bovinos raça
arouquesa. E como sobremesa não faltaram os doces conventuais e o pão-de-ló húmido.
Terminado o repasto, a sesta
fez-se no autocarro que nos conduziu à bela serra da Freita que nos oferece
paisagens deslumbrantes, tendo como expoente máximo o monte da Senhora da Mó
onde se ergue a sua capelinha. Dali se observa uma soberba vista panorâmica.
Pelo caminho apreciamos as quedas
de água do rio Caima, as mais altas de Portugal Continental formadas devido à
erosão diferencial de duas rochas distintas: o granito e xisto.
É nesta serra que se encontra o
Arouca Geopark que assenta sobre xistos e granitos e é conhecido pelo seu
património geológico.
Na zona xistosa conhecemos o
local chamado Canelas, onde existe o Centro de Interpretação Geológico e o seu
museu com uma coleção de fósseis, sendo-nos dado a conhecer, através dum filme
o historial dos seres vivos marinhos de há 466 milhões de anos e cujos fósseis
aparecem estampados nas ardósias encontrados…os trilobites. Apareceram nesta
região pela explosão da Terra espalhando-se por várias regiões.
Depois fomos levados ao outro
lado da serra para conhecermos, in locus, as famosas Pedras Parideiras da
Castanheira cujas rochas graníticas apresentam uns nódulos escuros que se vão
destacando da rocha mãe. É um fenómeno de granitização único no País e raro no
mundo!
Regressamos a Felgueiras mais ricos
pelos conhecimentos e experiências vividas perante estes fenómenos da Natureza.