VISITA A FAVAIOS

No passado dia 25 de janeiro, um grupo de alunos e professores da Usaf saiu de Felgueiras, às 8h e 30 m, com uma chuva miudinha a indiciar um dia nada propício à visita que íamos concretizar.

S. Pedro, afinal, foi um grande amigo e o dia escuro e cinzento transformou-se em dia de sol primaveril e acolhedor, assim que entramos no “ Reino Maravilhoso” de Torga .

Durante a viagem, foi lido um poema natalício que os alunos de Informática digitalizaram e o Sr. Juiz Gomes da Silva falou sobre a vida e a obra do escritor transmontano, Miguel Torga, que nasceu em terras de Sabrosa.

Logo que chegamos a Favaios, fomos diretos à Cooperativa Agrícola, onde nos ofereceram um cálice de moscatel e onde comprámos  alguns  vinhos. De seguida fomos conduzidos à padaria da D. Rosália, senhora que no tempo de Doutor Oliveira Salazar, foi uma das suas criadas. Ofereceram-nos pão acabado de sair do forno, com queijo, manteiga e compotas caseiras, ao som de cantares e musicas durienses executadas por um grupo típico local. Dirigimo-nos de seguida para a quinta da Avessada. Aí,  o dr. Luis Barros contou-nos que as terras da Avessada pertecem  à  famíla, há mais de cem anos.

Regressámos ao coração da quinta, onde mais uma vez , nos esperava o saboroso pão com queijo e compotas, regado com licor de Favaios . Depois dirigimo-nos a um olival onde recriámos o varejamento e a apanha da azeitona.

De seguida , assistimos ao desmanche de um porco, do qual, cada um de nós escolhia a peça que desejava e ia grelhar nos assadores que se encontravam já em funcionamento. Continuamos a tarde inteira com diversas entradas e a degustar as partes do dito porco (ossos de suã, rojões com batata cozida e legumes, etc) e ainda um delicioso caldo à lavrador. O repasto terminou com deliciosas e saborosas sobremesas, sempre acompanhado e animado com cantares e músicas típicas do Douro. Durante o almoço um especialista e produtor de azeite falou-nos da qualidade e técnicas modernas de produção.

O dr. Luis Barros levou-nos à Enoteca da quinta onde nos falou do futuro dos vinhos ( tipo de uvas e castas diversas) e foi projetado um filme sobre a lindíssima paisagem  duriense, região de socalcos e de xisto, trabalhada arduamente pela mão do homem , hoje, Património da Humanidade.

Contou, ainda, passagens da vida de D. Antónia, a Ferreirinha e como o vinho do Porto começou a ser apreciado pelos ingleses. Falou de Churchil a quem um dia, ofereceram uma pipa de vinho do Porto, dizendo que ele bebeu metade e a outra metade ofereceu-a à rainha de Inglaterra. A partir daí os ingleses renderam-se a este saboroso néctar e implementaram o seu consumo. Falou ainda de Baco e de como ele introduziu o vinho no Olimpo, que como sabemos é morada dos deuses segundo a crença grega.

Foi um relato muito interessante pois o dr. Luis é um ótimo comunicador.

Seguiu-se uma prova de azeites e ficamos a saber que o azeite de melhor qualidade é extraído a frio.

Terminou um dia fantástico e de gula coletiva.

De regresso a Felgueiras, continuou a animação com anedotas e cantigas contribuindo para a boa disposição deste grupo inigualável da USAF.

Lucinda Carvalho.