III ENCONTRO NACIONAL DE UNIVERSIDADES SÉNIORES FUNDADAS PELOS CLUBES ROTÁRIOS
Dia 5 de Maio de 2007, a USAF, fez-se representar num encontro de Universidades Séniores fundadas pelos Clubes Rotários, que este ano foi realizado em Bragança.
Por isso, bem cedo, ao despertar do dia, que se revestia com uma roupagem radiosa e perspectivas de calor, saímos de Felgueiras, em autocarro, com um grupo de 25 elementos entre professores e alunos, e dirigimo-nos para aquela cidade transmontana.
Fomos recebidos no belo Teatro Municipal, pela equipa organizadora da Universidade Sénior de Bragança, que nos esperava com a hospitalidade tão peculiar dos transmontanos, oferecendo-nos um saco que continha uma pasta com um bloco de folhas e caneta para apontamentos. Além disto, vinha também o respectivo programa do encontro, um diploma de participação, revistas alusivas à cidade e dois frasquinhos com mel e compotas da região.
O grande auditório deste teatro estava repleto de participantes de Bragança, Chaves, Felgueiras, Matosinhos, Viseu e Tondela, e a abertura solene fez-se com um espectáculo maravilhoso, em que a Orquestra Sinfónica “Esproanto”, nos deliciou com algumas peças musicais do seu repertório.
Foi um encanto, um sonho inebriante, que nos transportou a um mundo de fantasia! Foi uma doçura! Gostamos!
Seguiu-se uma calorosa sessão de boas-vindas e tomou a palavra o Presidente da Câmara Municipal, o Presidente do Rotary Clube de Bragança, o Governador do Distrito Rotário 1970 e a Directora da Universidade Sénior de Bragança.
Ouvimos também o eloquente Professor Geólogo Doutor Carlos Patrício da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que fez uma conferência subordinada ao tema “Mapas Mensais” – “As Diferentes Percepções Do Espaço Transmontano”, que nos deixou boquiabertos pela magnificência do discurso, a par duma singeleza de comunicação.
Após um pequeno intervalo, seguiu-se a apresentação de vivências e projectos das instituições académicas ali representadas.
Finda a parte solene, fomos encaminhados para a cantina do Instituto Politécnico de Bragança, onde nos foi servido o almoço, num convívio fraterno de grande dimensão, precedido por um grupo de Gaiteiros do Conservatório Musical da cidade.
De tarde, não faltou a sessão cultural, com a actuação dos “Caretos de Salsa”; com uma pequena peça intitulada “O puzzle”; “Chuva de Ideias”, pela USAB (Universidade Sénior de Bragança), “Canto Alegre” pela USAF de Chaves; a Tuna da USAV de Viseu com alguns temas exibidos.
Depois de um curto intervalo, actuou de novo, a Tuna Académica da Universidade de Bragança que nos ofereceu um momento de fados e guitarradas cantados brilhantemente por dois antigos alunos da Universidade de Coimbra. Foi lindo!
O grupo coral de Viseu voltou ao palco, muito bem trajados, vestidos com as cores da sua Academia (azul e laranja), finalizando Bragança com o seu grupo coral que pôs toda a plateia em movimento, com uma hilariante paródia.
Encerrou-se o encontro com os agradecimentos e palavras elogiosas a todas as Universidades participantes.
Após o jantar, servido num bom restaurante da cidade, onde também se encontrava o grupo organizador do encontro, fomos dar uma volta de autocarro para conhecer a cidade que é bonita, airosa e limpa e no fim fomos a uma feira de artesanato que ali se realizava onde actuava um animado rancho folclórico.
Regressamos ao hotel, um complexo novo de 4 estrelas – Hotel de Turismo de S. Lázaro, onde pernoitámos. Ali, à noite, tivemos a oportunidade de assistir a uma sessão de tangos argentinos, onde se exibiam alunos de uma escola de dança local, acompanhados por um par argentino, seus professores.
Aproveitando o encontro passamos por algumas localidades de Trás-os-Montes, começando por Miranda do Douro. Como o acesso a esta interessante cidade é difícil, fizemos o percurso por terras espanholas. Já na cidade, apreciámos a Sé, as suas antigas ruas estreitinhas, a panorâmica que se avistava sobre o Rio Douro, os restos duma antiga muralha, etc.
Daqui deslocamo-nos para Mogadouro, apreciando uma paisagem bucólica, com grandes veigas e demos um salto a Ventosela para visitar a antiga capela da Senhora da Boa Morte, com imagens invulgares.
Fomos almoçar ao restaurante a “Lareira” para saborearmos a tradicional posta à mirandesa.
Seguimos pela sinuosa estrada que nos levou a Macedo de Cavaleiros, onde paramos para um pequeno repouso. Aqui, apanhamos a via rápida IP4 até Vila Real, para lancharmos na pastelaria Gomes, mas porque era “Dia da Mãe” estava quase tudo fechado e as que se conservavam abertas tinham o recheio esgotado! Foi a maneira de deixarmos mais depressa Vila Real e regressarmos a Felgueiras, trazendo na mente a linda paisagem transmontana, tão diversificada no seu aspecto orográfico, com novos conhecimentos, quer a nível pessoal, quer a nível cultural, pois cá se diz:
“Aprender até morrer”…
Amélia Noronha