quarta-feira, maio 28, 2008

Ecos de Abril

Ecos de Abril

Durante a negra noite agrilhoada
Num silêncio fatal, discretamente,
Alimentava a esperança mais dolente:
Sair à rua ao toque da alvorada.

Vi o Sol numa longa madrugada
– Penoso parto em Primavera ardente!
Andei aos ombros na alma desta gente
Das cidades aos campos, em revoada.

Num Portugal de cravos me enleei
Entre delírios loucos – óh vaidade!
Era o sonho dos sonhos que sonhei.

Telúricos arroubos de ansiedade,
Banhando esta Terra que eu beijei,
Ecoam: Li-ber-da-de, Li-ber-da-de…

José Leite

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