quarta-feira, maio 09, 2012

VIII ENCONTRO EM ANSIÃO

 No passado dia 28 de Abril, teve lugar no concelho de Ansião o VIII Encontro de Universidades Seniores sob o lema “Conheça-se a si mesmo para envolver a humanidade”.

Como vem sendo habitual, a USAF fez-se representar pela Tuna e grupo de Cavaquinhos. Viajando de autocarro, partimos de Felgueiras às 7 horas. Após uma curta paragem técnica na Área de Serviço da Mealhada para café/pequeno almoço, retomámos o caminho e chegámos ao Centro de Negócios Ansião – local do evento – antes das 11 horas. Vindas de diversos pontos do país, todas as representações das Universidades Seniores, num total aproximado de 800 pessoas, convergiram para uma enorme sala polivalente, decorada a preceito. Enquanto todos se acomodavam nas cadeiras e colhiam as primeiras impressões verbais e fotográficas, compôs-se a Mesa de Honra à frente, junto ao palco, para dar início às intervenções protocolares sob a orientação de um chefe de protocolo eficiente, pedagógico e bem-humorado.

Das intervenções protocolares que se seguiram, destaco, pela dimensão política, a do Dr Ribeiro e Castro, deputado da Assembleia da República e Presidente da Comissão para a Educação Ciência e Cultura.

Ficamos a conhecer melhor Ansião, uma zona calcária que conta 27 espécies de orquídeas selvagens no seu património natural, onde corre o rio Nabão. É um concelho tradicionalmente agrícola, de minifúndio, onde atualmente existe alguma indústria e serviços. O nome Ansião faz-nos recuar no tempo ao reinado de D. Dinis. Segundo a tradição, D. Isabel de Aragão, quando a Corte assentava arraiais no castelo de Leiria, deambulava por aquelas terras. E a Rainha, fazendo jus à sua auréola de santidade, dava habitualmente esmola a um velhinho que por ali encontrava. Provavelmente, eram terras ermas sem nome consagrado e passaram, desde então a dar pelo nome de Ansião.

Concluída a fase protocolar, todos nos dirigimos para o almoço, ali a dois passos. Um almoço alongado pela cavaqueira, que é sempre o melhor da festa.

Às 14.30, todos estávamos novamente na sala polivalente, para fruir a arte no palco. Era a hora do desfilar das tunas, uma a uma. A tuna da USAF foi a 10ª a atuar, quando a sala tinha já grandes clareiras pois, à medida que atuavam, o relógio não parava e as pessoas punham-se a caminho para o regresso a casa. O grupo de Cavaquinhos atuou pouco depois. E é justo registar quer a Tuna quer os Cavaquinhos mereceram uma ovação que nos deixou orgulhosos, quando a sala claramente se esvaziava. Foi talvez isso que, na viagem de regresso a Felgueiras, inflamou o convívio no autocarro, com canções populares, cantares ao desafio, esgares e gargalhadas.

Chegados ao Centro de Camionagem, todos se despediram calorosamente e dispersaram a pensar no descanso em “vale de lençóis”.

José Leite


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