«Mais uma partida, mais uma
viagem»
Lembram-se certamente de ouvir
estas palavras quando em miúdos nos levavam ao carrossel. E como elas nos
alegravam!
Pois bem, a USAF adotou este
slogan e lá fomos nós para mais um passeio.
Desta feita o destino foi
Oliveira do Bairro.
Partimos às sete e meia e a
viagem foi tranquila, apenas com uma paragem para espalhar algum sono que
teimava em persistir e tomar o pequeno almoço.
Chegados lá foi um espanto!
Encontramos uma «Cidade Nova»
Esperavam-nos, junto aos Paços do
Concelho e Quartel das Artes, dois edifícios lindíssimos de linhas
ultamodernas, o Sr. Márcio Oliveira, Presidente da Junta de Freguesia e a
Cláudia, sua assistente e responsável pelo gabinete de apoio ao aluno da
Universidade Sénior local.
Com eles, como cicerones,
percorremos, de autocarro, a cidade com as suas largas avenidas e alamedas.
Tudo é novo e bonito. Na zona residencial, no meio de edifícios modernos
continuam as residências tradicionais, mas também elas de cara lavada e atualizada.
Mesmo as antigas e desativadas escolas estão transformadas em lindas casas
ocupadas para outros fins. Apenas a Igreja e as Capelas mantêm o ar do passado.
A cor predominante é o
avermelhado a dar sentido ao nome da terra que provem da palavra barro, que é a
matéria prima que mais existe e com a qual trabalha a quase totalidade das
empresas locais.
Acabado o périplo pela cidade
fomos visitar a Porcel, uma fábrica de produção de porcelana para uso doméstico
e decoração. Recebeu-nos, simpaticamente, a Sra. Engenheira Química Luísa Ramos
que nos acompanhou em todas as etapas do fabrico, mostrando-nos com clareza e
de sorriso nos lábios os procedimentos a que a pasta de barro, oriunda de Limoges,
é sujeita até chegar a nossas casas.
Acabou a visita na Loja de
Vendas, onde nós, donas de casa, adquirimos mais uns «caquinhos» para o lar.
O tempo passou e a fome apertava,
logo, saímos de seguida para o Hotel Paraíso onde nos foi servido um agradável
e abundante almoço que nos retemperou as forças e alegrou o espírito.
Eram três horas e, sempre acompanhados
pelos dois anfitriões, partimos para a Kiwicoop. Atravessamos uma zona
industrial com imensas fábricas no ramo da cerâmica.
Justifica-se assim a afirmação do
Presidente da Junta de que em Oliveira do Bairro não havia desemprego.
A kiwicoop é uma grande empresa
que recolhe, conserva e comercializa kiwis. Foi criada por vinte produtores,
mas hoje tem mais de cem associados.
Tem boas instalações e está
equipada com todo o tipo de máquinas destinadas ao selecionamento,
armazenamento e empacotamento dos frutos. Até os cestos de armazenagem nas
estufas são lavados à pressão numa máquina própria.
Interessante também é o
aproveitamento dado aos kiwis de menor calibre. São congelados, descascados e a
polpa destinada à aromatização de iogurtes e outros derivados.
Depois das fotografias da praxe,
da troca de pequenas lembranças e das despedidas regressamos a Felgueiras mais
ricos em conhecimento e felizes pelo agradável convívio.
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