quinta-feira, março 19, 2009

Cultura Geral através de um quadro

CULTURA GERAL
Na figura, as personalidades estão disfarçadas mas são claramente reconhecíveis.
A pergunta que se faz é quantas delas conseguem reconhecer.
Considerem que há mais de uma centena de retratados, de modo que 20 (cerca de 20%) é um número minimamente aceitável.
Tentem, mas sugere-se ampliar a figura (clique na imagem para ampliar).

Boa sorte!

quarta-feira, março 18, 2009

VI Festa Internacional das Camélias | 13 a 15 de Março | Celorico de Basto


A Universidade Senior de Celorico de Basto participou na VI FESTA INTERNACIONAL DAS CAMÉLIAS, que decorreu na vila de Celorico de Basto de 13 a 15 de Março. O evento obetve um grande êxito, em termos de participação e de qualidade dos produtos expostos.
No programa constava um concurso de arranjos florais feitos de camélias, no qual concorreram os nossos colegas de Celorico, que, entre os variadíssimos e belíssimos trabalhos apresentados por diversas entidades concorrentes, obtiveram o honroso 2.º lugar.
Divulgamos, em anexo, algumas fotografias alusivas ao certame, bem como a foto do arranjo premiado em 2.º lugar.
Aos nossos queridos amigos de Celorico, a Universidade Sénior de Felgueiras (USAF) endereça os mais sinceros parabéns.



Biografia de D. Manuel de Faria e Sousa

D. Manuel de Faria e Sousa é natural de Pombeiro e viveu durante cinquenta e nove anos, tantos quantos durou a dinastia Filipina, embora com uma ligeira desfocagem. Quando nasceu em 1590, já passavam nove anos sobre a aclamação de Filipe I nas Cortes de Tomar. E faleceu passados os mesmos nove anos sobre o 1ºde Dezembro de 1640. Os seus restos mortais foram transladados para o Mosteiro de Pombeiro em 1660, onde repousam, sob uma laje, à direita do altar-mor.
É filho de Amador Pires e de Luísa de Faria e Sousa da nobre casa de Valmelhorado. Desde muito novo, Manuel de Faria e Sousa deu sinais da sua inclinação para as Artes e Letras. Por isso, foi matriculado nos seminários de Braga para seguir a carreira eclesiástica. Dado que o rapaz era demasiado expansivo para se confinar aos cânones eclesiásticos, acabou por recusar aquele caminho. Ora o seu pai, preocupado com um futuro alternativo airoso e não dispondo de possibilidades económicas para dar à criança a melhor formação, acabou por encontrar um recurso precioso no seu amigo, D. Gonçalo de Morais, Bispo do Porto. E foi assim que, com catorze anos, Faria e Sousa entrou ao serviço do Bispo, frequentando a respectiva escola episcopal, onde aprendeu História, Artes, Literatura e outras matérias. Aí se relacionou com altas figuras da época e foi admirado pelos encómios poéticos que escreveu e pelos perfis que desenhou.
Porém a morte do seu padrinho deixou o jovem adulto de 27 anos completamente desprotegido. Teve de regressar ao isolamento de Pombeiro, agora desempregado, com mulher e dois filhos, quando corria o ano de 1618. Assim terminou a fase de crescimento e afirmação, à escala regional (no mínimo!) de D. Manuel de Faria e Sousa.
Felizmente, surgiu um novo padrinho e, em 1619, rumou a Madrid para desempenhar a função de secretário particular do conde de Muge, Pedro Álvares Pereira, Secretário de Estado de Filipe II. A sua adaptação ao ambiente e à língua castelhana foi tão fácil que, passados três anos, já publicava apreciados livros de poesia. Quando morreu o segundo padrinho, D. Manuel de Faria e Sousa gozava já de uma acentuada notoriedade e ganhava foros de cidadania Madrilena conseguindo empregos de bastante relevo. Assim, foi Secretário de Estado do reino de Portugal, cargo que o trouxe a Lisboa e o religou à língua da infância, e Secretário da Embaixada de Portugal em Roma.
A sua obra é muito vasta e estende-se da poesia à história passando pela crítica literária. Escreveu quase tudo em castelhano, mas muitos dos temas que elegeu para os seus trabalhos são bem portugueses. A Faria e Sousa se deve o primeiro estudo qualificado sobre a vida e obra de Luis de Camões, nomeadamente a edição de Luis de Camões, príncipe de los poeta de Espanha… Para conferir a Camões o estatuto que hoje lhe reconhecemos, Faria e Sousa teve de enveredar e persistir na investigação para vencer as opiniões da época que criticavam a estrutura, inspiração e a qualidade d’Os Lusíadas.
O maior elogio a Faria e Sousa, como crítico literário, encontrei-o na pena de Lope de Vega, destacado escritor espanhol contemporâneo: “assi como Luiz de Camoens es príncipe de los poetas que escrivieron en idioma vulgar, lo es Manuel Faria de los commentadores en todas lenguas.”

José Leite

Visita a Trancoso



Há cinco anos que não ia a Trancoso. É uma vila aprazível e sobretudo a viagem proporciona ao olhos do viajante uma paisagem luxuriante . As encosta do Marão, os socalcos lavrados das vinhas da Régua e de Lamego, os pomares de Moimenta e de Trancoso são um regalo de luz e de cor, em qualquer altura do ano. Foi nesta vila que casou o rei D. Dinis e a rainha Santa Isabel e foi aqui que nasceu o Magriço, de seu nome Álvaro Gonçalves Coutinho, cavaleiro, nobre que serviu o rei D. João I.
Trancoso é toda ela um monumento, o castelo e as muralhas, mas também o pelourinho e as igrejas da Misericórdia e a de São Pedro onde repousa um dos seus filhos mais ilustres Gonçalo Anes, ou seja, o popular e mítico Bandarra.
Em frente ao edifício da Câmara Municipal ergueram-lhe um modesto mas digno monumento, que está mal cuidado e é pena.
Bandarra teve uma importância maior do que a dimensão da sua terra natal. Foram as suas trovas de enigmático significado, passadas de mão em mão, que alimentaram um sentimento patriótico aglutinante durante a crise dinástica e após o desastre de Alcácer Quibir.
Fomos à feira dos Enchidos, parece que agora pegou a moda, não há vila que se preze que não tenha uma feira dos enchidos. Era mais uma feira das potencialidades e das riquezas regionais. Desde o queijo, aos doces, vinhos, mel, azeite, artesanato e claro os ditos chouriços, havia de tudo com provas a condizer.
É um passeio que vale a pena fazer, mesmo que não haja feira há sempre uma sardinha doce para comer no final de um bom repasto num dos restaurantes locais. E vale a pena subir às muralhas e contemplar lá do alto o fértil vale do rio Távora.
O desafio foi do presidente da Comissão de Alunos da USAF e da esposa, óptima companhia e bons amigos. A USAF faz maravilhas.

Poema

Na praia da Laginha
Sépia s/papel_31x21 cm 1984
MANUEL FIGUEIRA

Rochedos cinzentos da praia de Moledo,
manchas pretas das colónias de mexilhões
ou brancas do sal e algas secas dum penedo,
viveiros de navalheiras e camarões.

Mais que o meu refúgio, sois o meu castelo
Sem ameias, seteiras ou torre de menagem.
Marcos da memória do horrivel e do belo
Naufrágios, guerras e a riqueza da paisagem.

Atrás o casario, por entre o arvoredo,
estende-se ao sol escaldante do verão
e aos pés ondas curtas e rasas, quase a medo
fazem e desfazem brancura de um nevão.

Ao lado anda um rebanho de algas a boiar
como se foram focas de bigodes pretos
e narinas largas que aqui viessem dar,
foi sempre assim contam as avós aos netos.

Fumegando navega ao largo um cargueiro
sob um céu cinzento em direcção ao Norte
cruza-se com pescadores e um veleiro,
procuram porto e abrigo do vento forte.

E o Forte da Ínsua no meio do rio,
sentinela que alguém se esqueceu de render,
parado no tempo. Tempestades e o frio
fizeram estragos, mas não o fizeram tremer.

Em tempos, foi Praça-forte e foi Convento
da Senhora da Ínsua altar e guardião,
poliedro granítico leitoso e cinzento
é farol e é marco à navegação.

Ao fundo Santa Tecla, mesmo no sopé,
mortas duas chaminés desiguais e em linha
espetadas contra o céu, ou sinal de fé,
em frente o Camarido e a vila de Caminha.

O.B.P.

segunda-feira, março 16, 2009

Rochedos da praia de Moledo

Salvador Dali
Autumn Cannibalism

Rochedos cinzentos da praia de Moledo,

manchas pretas das colónias de mexilhões

ou brancas do sal e algas secas dum penedo,

viveiros de navalheiras e camarões.


Mais que o meu refúgio, sois o meu castelo

Sem ameias, seteiras ou torre de menagem.

Marcos da memória do horrível e do belo

Naufrágios, guerras e a riqueza da paisagem.


Atrás o casario, por entre o arvoredo,

estende-se ao sol escaldante do verão

e aos pés ondas curtas e rasas, quase a medo

fazem e desfazem brancura de um nevão.


Ao lado anda um rebanho de algas a boiar

como se foram focas de bigodes pretos

e narinas largas que aqui viessem dar,

foi sempre assim contam as avós aos netos.

Fumegando navega ao largo um cargueiro

sob um céu cinzento em direcção ao Norte

cruza-se com pescadores e um veleiro,

procuram porto e abrigo do vento forte.

E o Forte da Ínsua no meio do rio,

sentinela que alguém se esqueceu de render,

parado no tempo. Tempestades e o frio

fizeram estragos, mas não o fizeram tremer.

Em tempos, foi Praça-forte e foi Convento

da Senhora da Ínsua altar e guardião,

poliedro granítico leitoso e cinzento

é farol e é marco à navegação.


Ao fundo Santa Tecla, mesmo no sopé,

mortas duas chaminés desiguais e em linha

espetadas contra o céu, ou sinal de fé,

em frente o Camarido e a vila de Caminha.


OBP

domingo, março 01, 2009

DIA DOS NAMORADOS

Dia dos namorados !! Agora ?, Porquê?
Se a Juventude já não se namora !!.
Todos os dias eram de namorados
e, namoravam-se a qualquer hora.


O chamado namoro, dito de hoje,
não passa de encontros vagos e “futis”,
porque os desejos desta juventude
é encontrar-se para irem aos “curtis”.


Namorar é aprender e conversando
tomar conhecimento sério a dois
e esmerando-se para vida comum.


Porque se o namoro for só palrando,
e, adiar o sério para depois,
faz que do namoro de dois, ficar só um.


ACNOGUEIRA 14-02-2009
Trabalho com 12 Sílabas



O Crucifixo e o Crucificado

Salvador Dali
O Cristo de S. João da Cruz

O CRUCIFIXO E O
CRUCIFICADO

Se por e em cada crucifixo
Houve-se alguém crucificado,
Creio que já não restava ninguém,
Para retirar o condenado.

E alguém se crucificaria
Para a sua própria crença?
Pois não haveria já mais alguém
Para executar tal sentença.

Porém e, um só Crucificado,
Com amor, dedicação bastante,
Tornou-nos um ser libertado.

Mas foi Cristo nosso Libertador,
Para que daí para diante,
Crucifixo, fosse Cruz de Amor..

ACNOGUEIRA 10-02-2009
Trabalho com dez sílabas