quarta-feira, março 18, 2009

Visita a Trancoso



Há cinco anos que não ia a Trancoso. É uma vila aprazível e sobretudo a viagem proporciona ao olhos do viajante uma paisagem luxuriante . As encosta do Marão, os socalcos lavrados das vinhas da Régua e de Lamego, os pomares de Moimenta e de Trancoso são um regalo de luz e de cor, em qualquer altura do ano. Foi nesta vila que casou o rei D. Dinis e a rainha Santa Isabel e foi aqui que nasceu o Magriço, de seu nome Álvaro Gonçalves Coutinho, cavaleiro, nobre que serviu o rei D. João I.
Trancoso é toda ela um monumento, o castelo e as muralhas, mas também o pelourinho e as igrejas da Misericórdia e a de São Pedro onde repousa um dos seus filhos mais ilustres Gonçalo Anes, ou seja, o popular e mítico Bandarra.
Em frente ao edifício da Câmara Municipal ergueram-lhe um modesto mas digno monumento, que está mal cuidado e é pena.
Bandarra teve uma importância maior do que a dimensão da sua terra natal. Foram as suas trovas de enigmático significado, passadas de mão em mão, que alimentaram um sentimento patriótico aglutinante durante a crise dinástica e após o desastre de Alcácer Quibir.
Fomos à feira dos Enchidos, parece que agora pegou a moda, não há vila que se preze que não tenha uma feira dos enchidos. Era mais uma feira das potencialidades e das riquezas regionais. Desde o queijo, aos doces, vinhos, mel, azeite, artesanato e claro os ditos chouriços, havia de tudo com provas a condizer.
É um passeio que vale a pena fazer, mesmo que não haja feira há sempre uma sardinha doce para comer no final de um bom repasto num dos restaurantes locais. E vale a pena subir às muralhas e contemplar lá do alto o fértil vale do rio Távora.
O desafio foi do presidente da Comissão de Alunos da USAF e da esposa, óptima companhia e bons amigos. A USAF faz maravilhas.

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