quinta-feira, maio 30, 2013

ENCONTRO EM PENAFIEL

A USAF participou em mais um encontro de Universidades Seniores, no dia 25 de Maio de 2013, organizado pela Universidade de Penafiel com a colaboração das Universidades do Vale do Sousa e Tâmega, ou seja, Amarante, Celorico de Basto, Felgueiras, Lousada, Marco de Canavezes, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel.
         Este encontro teve grande adeão, porque fomos brindados com um agradável dia de cordialidade, de conhecimento, de fraternidade e sobretudo de convívio entre colegas, que comungam no mesmo ideal de sentimentos – o companheirismo.
         Penafiel primou pela organização do evento, pelo empenho na receção, pela camaradagem evidente e sentida, pela partilha dos mesmos ideais, conjugados com a entreajuda, na convivência sã, na fraternidade respirada!
         Às 9h45m da manhã fomos recebidos nos jardins do Museu Municipal daquela cidade, cuja Universidade nos brindou com o som harmonioso da sua tuna e nos deliciou com alguns trechos do seu reportório.
         Seguiu-se a intervenção do vereador da Cultura da Câmara Municipal que se regozijou pela adesão de tantos participantes, louvando o esforço desta universidade penafidelense para que os colegas visitantes ficassem satisfeitos com a cordialidade dispensada.
         Fora muito ovacionada a palestra do Professor Doutor Barbosa de Melo, conhecido pela sua passagem como Presidente da Assembleia da República e que era o mais ilustre penafidelense sénior.
         Após um breve intervalo, foi servido um pequeno “porto de honra”, seguindo-se a 2ª palestra do dia, pelo professor Doutor António Fonseca, da Universidade Católica do Porto.
         Às 13h houve um almoço convívio no restaurante “Penafidelis” que se prolongou pela tarde adiante.
         Das 15h às 20h começou o período de animação cultural, na qual se partilharam experiências, pois cada uma das universidades fez uma demonstração das suas atividades vividas durante o ano.
         Felgueiras apresentou alguns excertos da sua Tuna, bem como alguns trechos do seu grupo de cavaquinhos.
         Acabou o dia com danças de salão, apresentadas por Penafiel, às quais aderiram outras universidades. Foi um explodir de alegria e animação pois “sorrir é o melhor remédio”!
         Regressamos bem-dispostos, com a barriga cheia pelo bom lanche – jantar que nos foi servido e também pela experiência vivida, com o exemplo que Penafiel nos deu, da salutar convivência e a cordialidade entre os seus elementos.
         É isso que justifica a existência de Universidades Seniores.
         Maria Amélia






AULA EM AMARANTE

No passado dia 23 de Maio, pelas 13,30, o professor Gaspar Martins deslocou-se à Universidade Sénior de Amarante, acompanhado pela direcção da USAF, para apresentar uma aula sobre Leonardo Coimbra, já previamente acordada. Esta aula decorreu no âmbito do intercâmbio entre as duas Universidades Seniores, uma vez que um professor da Universidade de Amarante, Já recentemente se havia deslocado a Felgueiras, para falar sobre Teixeira de Pascoaes.
 A referida aula teve início pelas 14,30, com a presença do director da Universidade Sénior de Amarante, de alguns professores e de cerca de 40 alunos da mesma, registando-se muito agrado por parte da Assembleia. A aula prolongou-se por cerca de uma hora e, no final, fizemos uma pequena visita pela cidade, acompanhados pelo director e alguns professores que nos proporcionaram uma visita ao Museu de Arte Sacra de Amarante.

Finalmente, regressamos a Felgueiras, com o espírito de missão cumprida, na expectativa de que estes eventos se repitam mais vezes.



quarta-feira, maio 22, 2013

ENCONTRO NA RÉGUA


A USAF no Peso da Régua

No passado sábado, dia 4 de Maio, teve lugar na Régua o IX encontro de Universidades Seniores de Rotary.
De Felgueiras, eram 8 horas, partiram de autocarro 56 elementos da USAF, sob o azul de um céu providencialmente primaveril. Depois de passar Vila Real, tomaram a A24 e começaram a descer para a Régua, fruindo a beleza de uma paisagem laboriosamente bordada pelas gentes do Douro. Só visto!
Desembarcaram, às 9.30, junto ao hotel Régua Douro, ponto de encontro de mais de 800 pessoas, de proveniência diversa. Foi um momento ruidosamente festivo.
Tomaram então o comboio turístico local e desembarcaram junto ao Mercado Municipal. Foi mesmo à entrada do mercado que atuaram a Tuna e o Grupo de cavaquinhos da USAF. Seguiram depois a pé para a Câmara Municipal, onde todos os grupos se concentraram.
Às 12 horas, todos se dirigiram, também a pé, para o hotel Régua Douro.
Mais que a qualidade do almoço que se seguiu, valeu o convívio, com a paisagem do Douro à vista, a partir de um terraço sobranceiro à margem. Poucos devem ter desperdiçado a oportunidade para fotografar.
Às 14.15, todos os grupos seguiram de autocarro para o Pavilhão Gimnodesportivo, onde houve oportunidade para contemplar os trabalhos expostos e comprar recuerdos simbólicos. Tanto as vendas como os telefonemas para o 760 30 20 13 iam contribuindo para a erradicação da poliomielite no mundo. Um gesto lindo!
Pelas 15.30, teve lugar a sessão de boas-vindas e a entrega dos diplomas de participação, acompanhados de salvas de palmas calorosas. Seguidamente, a Universidade Sénior da Régua brindou os presentes com uma pequena peça de teatro que apelava ao otimismo como sal da vida. Sem dúvida, uma mensagem oportuna.
Ao declinar do dia, um grupo enorme de alunos das várias universidades presentes pôs em cena a marcha da Régua, o hino da US da Régua e o Hino da Alegria.
E ainda houve lugar a baile, sob a batuta da turma de dança da Régua. É claro que os de Felgueiras não se fizeram rogar no dar à perna ao ritmo da música. A travar esta embalagem, lá teve de insistir o Diretor Executivo da USAF, com um sorriso contido: “Está na hora…Vamos para o autocarro…”.
A viagem de regresso foi um prolongamento da festa, com anedotas apimentadas… e cantigas.
E tudo isto ajudou a merecerem o descanso da noite que caía.

José leite

domingo, maio 05, 2013

A Educação pela Arte


Sala cheia na USAF para ouvir e interagir, com o ilustre palestrante professor doutor Nuno Higino, a propósito da temática «A educação pela arte».
Fascinado pela obra de Álvaro Siza Vieira, Nuno Higino, tornou-se mais conhecido do grande público quando, enquanto padre da paróquia, acompanhou o projeto para a igreja de Santa Maria do Marco de Canaveses que foi encomendado, em 1990 pela sua diocese, ao referido arquiteto.

      

 
Numa interessante abordagem, e a partir das suas vivências, perspetivou - para um público heterogéneo – os conceitos de artes e dos processos criativos associados.
Talvez menos divulgada e por isso mesmo conhecida é a sua obra literária em prosa e poesia. De uma das suas editoras transcrevemos uma pequena, mas marcante, biografia que se enquadra no espírito da «Coisa» que pretendemos divulgar:
Nuno Higino nasceu em 16/07/1960, em Sendim (Felgueiras), uma aldeia atravessada por uma estrada de terra batida com um largo. A sua infância foi marcada pela presença constante das árvores, dos campos, do rio e da Lua e animada pelos jogos de futebol no largo com os companheiros de brincadeira. Após a escola primária, entra para o Seminário onde aprendeu a liberdade, a tolerância e a disciplina e descobriu o que era a resistência à ditadura; frequentou o Liceu Rodrigues de Freitas, em pleno PREC, e olhou para Portugal como uma nascente de esperança. Terminou os estudos teológicos em 1984, passando a lecionar no Seminário do Bom Pastor (Ermesinde), onde permaneceu quatro anos; desencantado com o modelo de educação, sai e é nomeado pároco em Marco de Canaveses. Aqui viveu treze anos, marcados por uma atividade intensa e apaixonada em que o acompanhamento da construção da Igreja de Santa Maria, projetada por Álvaro Siza, foi marcante. Um grande desgaste com a hierarquia e com o contexto sociopolítico leva-o, em 2001, a partir para Madrid, onde termina a licenciatura em Filosofia e, em 2007, conclui o doutoramento no domínio da Filosofia Crítica e Estética. Entretanto, em 2005, renuncia ao ministério ordenado e regressa ao estado laical. 
Sempre escreveu poesia na adolescência e na juventude e o cheiro a livros nunca o abandonou. Durante a sua permanência em Marco de Canaveses escreveu histórias e poemas para as crianças que frequentavam a catequese. Escrever tornou-se um hábito tão regular como, pela manhã, beber o café e passar os olhos pelo jornal ou fazer pequenos trabalhos agrícolas e conviver com os amigos.
As vivências das coisas simples e belas, a fruição da Natureza em toda a sua pujança, a capacidade de redescobrir o encanto da luz diáfana do luar alimentam, neste autor, uma enorme força telúrica que lhe permite captar o outro lado das coisas, os ritmos e os tons que passam despercebidos a um olhar pouco atento. Os frutos, as crianças, os insetos, os pássaros e outros pequenos animais protagonizam histórias ou dão corpo a poemas que estimulam a imaginação da criança e tocam os adultos que ainda não perderam a capacidade de encantamento. Nos seus livros encontramos uma escrita originalíssima que surpreende o leitor pela pureza e autenticidade dos textos.
Desde outubro de 2001 encontra-se em Madrid onde estuda Filosofia Estética na Universid Pontificia Comillas (Madrid), e desenvolve uma investigação sobre "O olhar, o espaço e a arquitetura. O processo criativo de Álvaro Siza a partir da Fenomenologia".

sábado, maio 04, 2013

VISITA À AGRO 2013

          A Universidade Sénior de Felgueiras, dia 13 de abril deslocou-se  à cidade de Braga para visitar a 46ª Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, pois considera-se que a agricultura é o caminho do futuro.
Esta feira teve lugar no Parque de Exposições de Braga que abriu ao público de 11 a 13 de abril.
Ali se encontravam expostas várias tendas cada qual com os seus sabores regionais, quer de enchidos, de fumados, com iguarias variadas e de diversos pontos do País com produtos de alta qualidade e de sabores diferentes, que nós visitantes, íamos provando e petiscando!
No recinto da Grande Nave era feito o concurso nacional de raças bovinas como a  arouquesa, a barrosã, a maronesa etc.
Foi uma tarde divertida e diferente, das muitas que a USAF vai oferecendo aos seus alunos.
Amélia Noronha

sexta-feira, abril 26, 2013

VISITA A AROUCA

            Este passeio aconteceu num dia lindo de sábado, 20 de abril de 2013, organizado pela USAF.
Esperava-nos um companheiro rotário que gentilmente nos conduziu ao grandioso Mosteiro de Arouca, do séc. X e fora habitado por religiosas. Fora doado mais tarde à beata Mafalda por seu pai D. Sancho I. Contém uma Igreja lindíssima que visitamos ao pormenor.
Depois passamos pela capela da Misericórdia de estilo maneirista com quadros pintados com cenas bíblicas da paixão de Cristo.
O almoço foi servido pelo típico restaurante Quinha da Quinta onde nos serviram um conjunto de iguarias da região de Arouca salientando a saborosa posta na brasa de bovinos raça arouquesa. E como sobremesa não faltaram os doces conventuais e o pão-de-ló húmido.
Terminado o repasto, a sesta fez-se no autocarro que nos conduziu à bela serra da Freita que nos oferece paisagens deslumbrantes, tendo como expoente máximo o monte da Senhora da Mó onde se ergue a sua capelinha. Dali se observa uma soberba vista panorâmica.
Pelo caminho apreciamos as quedas de água do rio Caima, as mais altas de Portugal Continental formadas devido à erosão diferencial de duas rochas distintas: o granito e xisto.
É nesta serra que se encontra o Arouca Geopark que assenta sobre xistos e granitos e é conhecido pelo seu património geológico.
Na zona xistosa conhecemos o local chamado Canelas, onde existe o Centro de Interpretação Geológico e o seu museu com uma coleção de fósseis, sendo-nos dado a conhecer, através dum filme o historial dos seres vivos marinhos de há 466 milhões de anos e cujos fósseis aparecem estampados nas ardósias encontrados…os trilobites. Apareceram nesta região pela explosão da Terra espalhando-se por várias regiões.
Depois fomos levados ao outro lado da serra para conhecermos, in locus, as famosas Pedras Parideiras da Castanheira cujas rochas graníticas apresentam uns nódulos escuros que se vão destacando da rocha mãe. É um fenómeno de granitização único no País e raro no mundo!
Regressamos a Felgueiras mais ricos pelos conhecimentos e experiências vividas perante estes fenómenos da Natureza.
Amélia Noronha 


domingo, abril 21, 2013

HORA DO CONTO

A USAF,  pelo terceiro ano consecutivo, levou  a  efeito a atividade "Hora do Conto",  em diversas escolas do ensino básico e jardins de infância do concelho de Felgueiras.
As escolas contempladas foram as seguintes:
Jardins de Infância de Varziela, de Margaride (Centro Escolar) e de S.ta Luzia-Lagares.
Turmas dos 1º e 2º anos do Ensino Básico  do Centro Escolar de Margaride, de Varziela, de Felgueiras (sede) , Centro escolar de Margaride e, finalmente, Santa Luzia e Agra, em Lagares.
Esta atividade decorreu desde o dia 5 de fevereiro até ao dia 19 de março . O conto selecionado  para este ano foi o " Sapatinho Vermelho" acompanhado por alguns elementos da Tuna da USAF.
Esta atividade foi muito apreciada por todos os alunos e professores.

quinta-feira, março 21, 2013

CONVÍVIO GASTRONÓMICO

No passado dia 16 de Março, um grupo de alunos e professores da USAF deslocaram a Sever do Vouga, para além de uma visita cultural, saborear a especialidade da região e da época, a famosa  lampreia.
 
Partimos de Felgueiras, pelas 8 horas, em autocarro privativo, tendo parado em Oliveira de Azeméis,  para o pequeno almoço e uma breve visita panorâmica à cidade. De seguida, continuámos a viagem, tendo parado para apreciar a pitoresca paisagem, bem como as soberbas cataratas de  Cabreia.
Após o delicioso almoço de arroz de lampreia, fizemos uma caminhada pelo Parque de Sever do Vouga.
Antes do regresso, dirigimo-nos a uma zona arqueológica onde visitamos uma Anta de grandes dimensões.
Finalmente, retomamos a viagem de regresso a Felgueiras, cantando toda a viagem animadas canções populares, todos bem dispostos por volta das 19 horas.

EXPOSIÇÃO DE PINTURA

 
No passado dia 15 de Março, pelas 21 horas, foi inaugurada a exposição de  pintura dos artistas amadores felgueirenses convidados, incluindo os alunos  da disciplina de Artes Decorativas, da USAF.
Além dos trabalhos expostos na Casa das Artes, foram também expostos outros em diversas instituições bancárias da cidade de Felgueiras. Esta exposição estará patente ao publico, na Casa das Artes, durante 60 dias e nas agências bancárias, por trinta dias.
A sessão de abertura desta exposição decorreu com a presença de diversos convidados, nomeadamente os artistas e seus familiares e amigos, bem como o senhor vice-presidente da Câmara Municipal de Felgueiras dr João Sousa e do presidente do Rotary Club de Felgueiras, prof. José Cruz, que proferiram palavras de circunstância.
Finalmente, foi feita uma singela homenagem ao artista recentemente falecido, Arnaldo de Sousa Pinto, terminando com a atuação da tuna da USAF e servido  um "Verde de Honra" .

AULA DE ARTESANATO

No passado dia 7 de Março, pelas 14,30, os alunos da USAF tiveram oportunidade de assistir a uma  aula  de recuperação e restauro de diversas peças antigas, utensílios e maquinaria de uso doméstico dos nossos antepassados.
Esta aula foi orientada pelo artesão felgueirense senhor Alves a qual constou da apresentação de diversas peças recuperadas e não recuperadas, como por exemplo, balanças e candeeiros de diversos tipos e modelos. Mais apresentou uma projeção de fotos de variadas peças antigas que muito agradarem aos presentes .

quinta-feira, março 07, 2013

VISITA PASTORAL

No passado dia 28 de fevereiro, a  USAF recebeu a visita de Sua Ex.ª Reverendíssima o Senhor D. António Taipa, Bispo Auxiliar do Porto..
Estiveram presentes os alunos e professores da USAF , bem como alguns membros do Rotary.
A apresentação e as boas-vindas do senhor Bispo foram da responsabilidade do presidente do Rotary Club.
Em seguida, o presidente passou a palavra ao diretor pedagógico prof. Gaspar Martins, que apresentou um resumo do funcionamento da USAF. 
 Logo de seguida, o senhor Bispo usou da palavra ,agradecendo o convite, e mostrando-se muito agradado pela visita e pela informação como funciona uma universidade sénior, pois era  a primeira vez que visitava uma universidade sénior.
  Alguns participantes  apresentaram  questões, às quais amavelmente respondeu.  Uma  questão relacionava-se com a  Fé. O senhor Bispo desenvolveu este tema pelo facto de presentemente se comemorar o Ano da Fé.
O presidente do Rotary, prof. José Cruz, encerrou a reunião, agradecendo a todos os presentes, bem como ao senhor Bispo pela sua visita.



segunda-feira, fevereiro 18, 2013

TEIXEIRA DE PASCOAES


No passado dia 31 de Janeiro, pelas 14,30, uma delegação da Universidade Sénior de Amarante composta pelo seu diretor Nuno Queirós e pelo professor António Patrício, deslocou-se à Universidade Sénior de Felgueiras.
Esta visita integrou-se num intercâmbio entre universidades seniores, com a finalidade de promover uma troca de experiências e conhecimentos. O professor da Universidade de Amarante, António Patrício, proferiu uma palestra subordinada a Teixeira de Pascoais,  poeta amarantino, mais propriamente sobre o seu livro “ A Arte de Ser Português”.  Finalmente, além de um pequeno convívio, foi servido pela comissão de alunos da USAF um delicioso lanche.
Oportunamente, a USAF far-se-á representar na Universidade de Amarante com uma iniciativa semelhante.
Apresentamos, de seguida, um resumo da referida palestra:
Teixeira de Pascoaes
e a
Arte de Ser Português
              
            Por: António Patrício (resumo da dissertação)


Não foi a vaidade que ditou as palavras deste ligeiro prefácio, mas um desejo sincero de me tornar útil à minha terra.
A ideia aí fica, ficando-me também a tristeza de não a ver frutificar”
                                                                                                                                    T. de Pascoaes


Termina o prefácio com estas palavras que só os verdadeiros homens têm capacidade, discernimento e coragem para dizer. O seu saber e o seu conhecimento profundo das coisas e a forma de ajuizar dos seus iguais e, quiçá, a consciência de como era entendido nos meios decisores – leia-se poder central ou colmeia lisbonense – levou-o a concluir fria e desmesuradamente.
Podemos entreler, livres que somos de pensar, que Teixeira de Pascoaes sabia de fonte segura que nem em vida nem em morte estes propósitos seriam ou mereciam as atenções dos responsáveis pela pasta da governação. Pascoaes viveu num tempo verdadeiramente revolucionário quer na exigência sócio-cultural, quer no espírito e na necessidade de ser verdadeiramente Português.
Despe-se de vaidades e preciosismos quando veste a jaleca de cidadão comum que, acima de tudo, ama a sua terra, Portugal, e o que faz fá-lo por entender ser útil e exequível.
Para Teixeira de Pascoaes ser português é uma arte, uma arte de superior qualidade, digna de cultura e, por conseguinte, de alcance nacional.
Exorta ao professores a ensinar como quem faz uma escultura, de modo a fazerem sobressair os traços da Raça Lusíada “projectando-se em lembranças no passado e em esperança e desejo de futuro”.
Define-nos o que entende por Raça e classifica de “maior erro “ a tendência de substituirmos as nossas qualidades, muito próprias, pelas que outros povos possuam mesmo que muito as admiremos “não troquemos a nossa figura pela máscara importada. Ao sentido siamesco da imitação, oponhamos o espírito da iniciativa criadora”.
O idealismo referido, tantas vezes, por Pascoaes é saudoso pois é animado de esperança e de lembrança e, ao mesmo tempo, religioso e popular e anti-intelectual uma vez que as ideias consideradas em si esterilizam-se.
Quando Pascoaes escreveu este pequeno livro escreveu-o como um poeta que não queria ser e, simultaneamente, desejava servir e pertencer. Escreveu-o com a firme convicção de estar a prestar um serviço. Ser os ouvidos, os olhos, o pensamento de Portugal. Ser a tela e, ao mesmo tempo, o pincel gravando palavras que, sendo suas, eram também de Portugal e, sendo de Portugal, não lhe pertenciam.
Isolou-se na sua Casa de Pascoaes contribuindo, ainda que inconscientemente, para que a generalidade da imprensa o fosse esquecendo, lenta, lentamente chegando quase ao silêncio. Pascoaes não era silêncio e a sua obra não era nem é silêncio. Pascoaes era os ouvidos de tudo e de todos e, na sua alma, faziam eco os gritos das multidões, que o atormentavam, pela ânsia que tinha em compreendê-los. Entregou-se de alma e corpo a Portugal, a Pátria das Pátrias, a alma Lusíada que quis que os portugueses percebessem e enaltecessem.
“Arte de Ser Português “ é o contributo maior no sentido de sensibilizar os portugueses a fazerem a Pátria que ele entendia fazer falta, alimentada pela esperança e pela lembrança, com os olhos expectantes num futuro, ressurgindo a personagem do português renascido
Pouco ou nada valeu tal esforço pois continua sem ser lido, afastado dos escaparates, votado a um silêncio doentio e aterrador.
Não vislumbro o dia em que Pascoaes e os Portugueses se reencontrem e, como irmãos, resolvam entreajudar-se e renascerem.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

HORA DO CONTO

No passado dia 5 de fevereiro,  pelo 3.º ano consecutivo, a USAF deu início à habitual  HORA DO CONTO, com a história do Sapatinho Vermelho, acompanhada com um grupo musical.
A primeira sessão decorreu no Centro Escolar de Varziela, destinada aos alunos dos primeiro e segundo anos. No presente ano lectivo, esta iniciativa prosseguirá nas seguintes escolas: Escola Sede de Felgueiras, Centro Escolar de Margaride,  Escolas de Lagares, em Santa Luzia e Agra. Estas actividades decorrerão até ao dia 19 de Março, abrangendo cerca de cerca de 500 crianças, distribuídas por escolas do 1.º ciclo e jardins de infância.


ANIVERSÁRIO DA USAF

No passado dia 4 de fevereiro, a USAF festejou o seu 12.º Aniversário. A cerimónia decorreu na sede  da USAF, com a presença dos alunos e diversos professores,  tendo o director pedagógico  António Gaspar Martins proferido algumas palavras de circunstância, alusivas ao evento.
Este convívio prosseguiu com um delicioso lanche, após se ter cantado o habitual Parabéns a Você e apagadas as 12 velas do bolo de aniversário.

VISITA CULTURAL

No passado dia 5 de fevereiro, pelas 8 horas, um grupo de alunos e professores da USAF deslocaram-se a Braga, a fim de visitar alguns monumentos históricos, nomeadamente: Mosteiro de S. Martinho de Tibães, Museu D. Diogo de Sousa, bem como a Sé de Braga.
No Mosteiro de Tibães, visitamos os locais mais importantes do antigo convento como : a Igreja, selas dos monges , antiga cozinha, antiga cavalariça,  biblioteca, jardins, etc . No final desta visita deslocamo-nos ao Museu D. Diogo de Sousa onde almoçamos. No final do almoço, visitamos o referido Museu de Arqueologia , cuja visita foi muita apreciada. 
Finalmente, já no centro da cidade, alguns alunos aproveitaram para uma ida à zona comercial, onde ainda tiveram oportunidade de adquirir alguns artigos em saldo. Outros deslocaram-se à Catedral ou Sé de Braga, ex-libris fundamental e paradigmático da História de Braga, que reúne os vários estilos arquitectónicos das diversas épocas que atravessou, desde a sua sagração, em 1093, até hoje.
Por volta das 17,30 regressamos ao autocarro com destino a Felgueiras onde chegamos alegres e felizes, por cerca das 18,30 h.

quarta-feira, janeiro 23, 2013

PALESTRA NA USAF



No dia 17, pelas 14.30 horas, o Dr Fernando Alberto Torres Moreira, professor na UTAD, proferiu uma palestra na USAF, subordinada ao conceito de “crise” presente em muitos períodos da história de Portugal. Realçou o peso da Inquisição, introduzida a pedido de D. João III, numa lógica de poder marcado pelo conúbio entre a Monarquia e a Igreja e responsável pela difusão do medo. Esse medo a que nem a República nem o “25 de Abril” lograram pôr fim. Falou também das origens humildes do fado, uma criação dos últimos 150 anos.
José Leite