sábado, março 19, 2011

HORA DO CONTO NA ESCOLA DE REGILDE

Na sequência de HORA DO CONTO, que realizamos na freguesia de Regilde, recebemos o testemunho que a seguir reproduzimos e muito agradecemos.
“A Turma EA do 1º Ano de Escolaridade do 1º CEB da Escola Básica do Montinho, Regilde, e, o Jardim - de - Infância do Montinho, Regilde, gostaram muito da atividade, que se realizou no passado dia 11 de Março de 2011.
Esta atividade foi-nos apresentada, pela Universidade Sénior de Felgueiras, com a dramatização de uma canção sobre a história “A Carochinha e o João Ratão”, tendo ainda havido o reconto da mesma oralmente e acompanhada de uma música de fundo.
Os alunos e crianças presentes e já acima referidas, deste Estabelecimento de Ensino, visualizaram a história projectada numa parede do polivalente, tendo sido para eles muito instrutiva, foi também um motivo de muita alegria, havendo diálogo entre os mesmos e os adultos que proporcionaram um óptimo ambiente acolhedor e familiar.
De referir ainda, que prevaleceu sempre a cooperação e a colaboração por parte dos alunos e crianças, quando solicitados pelos elementos da mesma universidade, em demonstrações de partes da história que nos foi apresentada exemplarmente.”

O Docente e a Educadora de Infância

Arménio Rodrigues
Adelaide Teixeira

Escola Básica do Montinho, Regilde, 17 de Março de 2011

domingo, março 13, 2011

VISITA AO PALÁCIO DA BREJOEIRA


No passado dia 20 de Fevereiro, um grupo de alunos e professores da USAF, bem como alguns familiares, realizaram uma visita turística, cultural e gastronómica à região de Monção.

Seleccionada a casa de pasto, para o fim pretendido, no caso, arroz de lampreia, acompanhado do característico vinho Alvarinho, rumamos, de Felgueiras a Monção, pelas 9,30h.

Chegamos ao restaurante, já reservado, pelas 12,30h, onde nos esperava uma agradável mesa bem guarnecida.

Terminado o almoço pretendido, preparámo-nos, todos bem dispostos, para cumprir a segunda parte do programa (parte cultural) ou seja, a visita ao Palácio da Brejoeira.

Este sumptuoso Palácio é considerado o ex-libris da região de Monção, com uma construção em estilo neo-clássico, dos princípios do século XIX .

Como se pode ver pela fotografia anexa, trata-se de um Palácio imponente, rodeado por um frondoso bosque, jardins de estilo inglês e de uma extensa vinha da afamada casta Alvarinho.

Era neste Palácio que Salazar e Franco se reuniam quando pretendiam tratar, pessoalmente, de assuntos de Estado.




quinta-feira, março 10, 2011

A HORA DO CONTO NA FREGUESIA DE JUGUEIROS


A equipa de literatura da USAF, na continuidade do trabalho apresentado à comunidade infantil, deslocou-se no passado do dia 04 de Março à freguesia de Jugueiros para mais uma representação da história da Carochinha.

Na escola do primeiro ciclo de Jugueiros juntaram-se alunos do jardim-de-infância e dos alunos do primeiro ciclo. Em ambiente festivo, também devido à quadra carnavalesca, a comitiva foi recebida com grande entusiasmo pela pequenada e com simpatia pelas educadoras respectivas. A peça proporcionou momentos de participação activa por parte das mais pequenos o que agradou sobremaneira aos actores da peça bem como aos professores.

A jornada dessa manhã com terminou, na escola, com um convívio à volta de uma mesa de doçaria agradável, gentilmente oferecida pelos professores da escola.
A visita à freguesia de Jugueiros terminou com uma deslocação à residência do nosso companheiro Joaquim Padroeiro que nos brindou com um lauto almoço que a todos agradou sobremaneira.

Junto publicamos o testemunho recebido da senhora educadora Manuela Soares que muito agradecemos.

A hora do conto chegou às Escolas de Jugueiros.
Foi no passado dia 04 de Março que um grupo de alunos da Universidade Sénior de Felgueiras, veio até junto de nós com a “História da Carochinha” explorada de uma maneira diferente, alegre e divertida.
Esta actividade teve como objectivo a partilha de saberes, o convívio entre as diferentes idades e incentivar o gosto pela leitura.
Foi assim uma actividade no âmbito do Plano Nacional de Leitura.
Uma manhã vivida de uma forma diferente com as crianças do Pré-Escolar, os alunos da Escola do Picoto de Trazões - Jugueiros e os alunos da Universidade Sénior.
No final ofereceram a cada criança uma lembrança e nós oferecemos um pequeno lanche convívio.
Foi sem dúvida, uma manhã enriquecedora!
Manuela Soares

segunda-feira, março 07, 2011

Visita_Museu Soares dos Reis e Hospital Militar

Realizou-se no passado dia 11 Fevereiro uma visita de estudo à cidade do Porto, com especial destaque ao Museu Soares dos Reis e ao Hospital Militar D. Pedro V.

O programa iniciou-se com uma agradável recepção no hospital militar, muito por simpatia da Dra. Dília Soares, formadora da USAF e profissional do referido hospital, que com a colaboração do Sr. padre capelão nos transmitiram uma imagem muito completa e humana da evolução da instituição desde a sua fundação aos serviços e valências que hoje presta. A acrescentar à enorme simpatia foi ainda o grupo brindado com um pequeno lanche.
Seguidamente o grupo dirigiu-se para o museu Soares dos Reis, onde efectuou uma visita devidamente orientada por guias residentes que dada a sua competência despertaram um grande entusiasmo nos visitantes. Foi possível, então, tomar contacto e mesmo aprofundar conhecimentos sobre as artes plásticas com particular realça para a produção portuguesa dos períodos do naturalismo e do realismo. Aos visitantes foi possível contactar com autores de várias escolas e observar peças de pintura, escultura, cerâmica, mobiliário, ourivesaria, vidro, etc. Foi possível, ainda, observar as influências das artes europeia e oriental.
A fechar as actividades, houve ainda oportunidade de visitar, no pavilhão Rosa Mota, a feira do livro da cidade do Porto.

terça-feira, março 01, 2011

Abertura Solene da Universidade Sénior de Lousada

Uma delegação da USAF, deslocou-se a Lousada no passado dia 31 de Janeiro, para assistir à abertura solene e inicial da Universidade Sénior, a USALOU.
Congratulámo-nos com o amável convite, uma vez, que a mesma inclui nos seus Órgãos Sociais, como Presidente da Direcção a formadora da USAF Prof. Lurdes Peixoto bem como Secretário o sr. António Nogueira aluno da USAF.
A USAF deseja á USALOU as melhores felicidades.

HORA DO CONTO NA FREGUESIA DE TORRADOS

Publicamos um testemunho, que muito agradecemos, do Centro Escolar de Torrados, especificamente, crianças do Jardim de Infância e do 1º Ano de Educação Básica.

"No passado dia 18 de Fevereiro (sexta-feira) os alunos Seniores da Usaf proporcionaram a Hora do Conto para as crianças do Jardim e do 1º Ano do Centro Escolar de Torrados, numa actividade de articulação, no âmbito do Plano Nacional de Leitura com a “História da Carochinha”.
O objectivo da iniciativa foi promover a partilha de saberes e o convívio inter-geracional entre idosos, e as crianças dos jardins-de-infância e 1º Ciclo e Incentivar o gosto pela leitura.
No final ofereceram as crianças um livro para colorir e muitas guloseimas que fez as delicias de todos.
A terminar a Hora do Conto houve um lanche de confraternização entre ambas as gerações.

As crianças contam: recebemos com muito entusiasmo e expectativa os alunos da universidade sénior de Felgueiras, que vieram contar-nos de uma maneira diferente e muito original a história da carochinha, adoramos.
Gostamos muito de conhecer esses senhores e da forma como nos contaram e exploraram o conto.
No fim da história e para nossa alegria recebemos presentes que gostamos muito.
Foi um dia que não vamos esquecer e esperamos uma nova visita para breve.

TESTEMUNHOS DE ALGUMAS CRIANÇAS:
PDiogo: Adorei, contaram uma história muito linda, já conhecia mas foi contada de uma maneira diferente. Gostava que voltassem à nossa escola.
Rui Filipe: a história era gira, gostei de conhecer o grupo de senhores da universidade sénior, gostei da conversa que tiveram connosco e gostei de cantar com eles a canção da história.
Fábio: gostei da história e dos presentes que ofereceram aos meninos.
Renata: os senhores foram muito simpáticos."

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Conto da Carochinha - Texto do Presidente da Junta de Airães

Na sequencia da actividade Hora do Conto - Conto da Carochinha - que realizamos no Jardim de Infância de Airães, o Sr. Presidente da Junta, Vitor Vasconcelos, gentilmente nos endereçou o texto que a seguir reproduzidos, apresentando desde já os nossos agredecimentos e mostrando a nossa disponibilidade em colaborar com todos aqueles que solicitam a nossa participação.
"Pairava um expectativa diferente, naquela Sexta-feira enevoada, 11 de Fevereiro.
Os pequenos olhares das crianças brilhavam de uma forma diferente, em refluxos silenciosos de espanto...
Sentadas no chão, em círculo, cruzavam as pernas, silenciosas e apreensivas, procurando refúgio nos olhares das educadoras.
Rapidamente se desfez a timidez, e nas agruras da Carochinha, eterna e exigente noiva, vão-se criando cumplicidades com "aqueles simpáticos senhores" que visitavam a Escola.
Nos mexericos e desventuras da Carochinha vão-se desenrolando imagens e sons, apelativos e sugestivos, que nos fazem sonhar e transportar para um mundo diferente, cheio de fantasia e de cor, entremeados por música ritmada num tambor.
Trocam-se sorrisos e o ambiente torna-se familiar!
"O meu avô também me conta histórias, quando tenho de adormecer!", repicava alto um dos mais afoitos, lamentando o triste fim do João Ratão!
Naquela manhã, finalizada com a entrega de uma pequena prenda, os alunos mais idosos trouxeram uma alegria e um encanto diferente à rotina habitual daquelas crianças do Pré-Escolar da EB1 de Airães.
Pacientes, simpáticos e generosos, a USAF vestiu-se de história, reavivou um conto tradicional e apaixonou as crianças na douta sabedoria popular!
E, por momentos, aquele espaço barulhento e habitualmente cheio da azáfama da Sala polivalente da Escola, transfigurou-se de beleza, magia e sabedoria!
Embrulhada em acetinadas pinceladas de sons e de sugestivas interpelações, tínhamos acabado de desembrulhar a "Hora do Conto" em Airães!
Afinal, as histórias nem sempre servem para adormecer!

Sincero e eterno Obrigado à USAF!
Ao V/ dispor,
O Presidente da Junta de Freguesia de Airães
Vitor Vasconcelos
"

A HISTÓRIA DA CAROCHINHA É APRESENTADA NO JARDIM DE INFÂNCIA DE AIRÃES

No âmbito das comemorações do 10.ºaniversário da USAF, no passado dia 11 de Fevereiro, um grupo de alunos deslocou-se ao Jardim de Infância de Airães com a finalidade de proporcionar aos seus alunos momentos lúdico-pedagógicos apresentando-lhes a História da Carochinha.
A história, apesar de ser muito velhinha, foi recriada de maneira a despertar a atenção das crianças, proporcionando-lhes agradáveis momentos de participação e fantasia. Para esta apresentação, muito contribuiu o empenho e entusiasmo dos alunos da USAF, que têm vindo a estudar literatura infantil com o apoio da D.ra Irene Moura.
No final, foram distribuídas às crianças pequenas lembranças realizadas pela USAF.
Seguir-se-ão outras iniciativas deste género a diversas escolas do concelho, nomeadamente, Torrados, Pedreira, Regilde, Penacova, Moure e outras.
Este evento ocorreu a pedido da Junta de Freguesia de Airães.





segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Vitor Alves

A Vitor Alves
    
      Ao saber da sua morte
destas órbitas me saem
lágrimas
que se esvaem
em cristais de um tempo forte.

Do fundo da alma
febril
dou vivas ao Capitão.
Junto aos vivas
em botão
cravos vermelhos
de Abril.

Na luta contra o destino
rimou
a liberdade com a sorte.
Deu mais alma ao nosso Hino.
 Só assim
matou a morte.

José Leite                                     09/01/2011

terça-feira, fevereiro 08, 2011

10.º ANIVERSÁRIO DA USAF


No passado dia 4 de Fevereiro, a USAF comemorou o seu 10.º ano de actividades lectivas. O evento foi assinalado nas nossas instalações, no dia 7 de Fevereiro, no intervalo das aulas, com uma espontânea e muito breve cerimónia alusiva ao facto.
Foi servido um bolo de aniversário, aberto pelo director executivo Octávio Pereira. Os alunos presentes, depois de fazerem o brinde, cantaram os "parabéns a Você".
O director executivo anunciou ainda o programa comemorativo a levar a efeito durante o presente ano lectivo nomeadamente: uma sessão solene, eucaristia lembrando os alunos e professores já falecidos, teatro, actuação da tuna e grupo de cavaquinhos, edição de uma revista comemorativa, etc.
O programa definitivo será publicado oportunamente.


segunda-feira, fevereiro 07, 2011

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO

A direcção da USAF felicita o companheiro Joaquim Peixoto, pelo seu aniversário natalício desejando-lhe as maiores felicidades.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Visita de Estudo a Coimbra e Conimbriga

RESUMO DA VISITA DE ESTUDO A COIMBRA E CONIMBRIGA.

A USAF, para dar continuação às suas saídas de cultura e recreio, organizou, no dia 28 de Janeiro de 2011, mais uma viagem de estudo, desta vez a Coimbra e às ruínas de Conímbriga, como forma de dar-nos a conhecer ou a lembrar as grandezas que temos e outras que restam do nosso passado histórico, enriquecendo o nosso mundo cultural.
Assim, num autocarro local iniciou-se a viagem com 35 elementos da USAF, que à hora combinada (7,5h) compareceram no lugar de partida, levando-nos até à cidade dos estudantes.
Pelas 10 horas estávamos no largo frente à Universidade de Coimbra, onde nos esperava um guia local que orientou a nossa visita aos sítios mais importantes desta universidade coimbrã, fundada pelo rei D. Dinis em 1308.
Primitivamente, tinha criado em Lisboa uma instituição de ensino chamada Estudos Gerais e que algum tempo depois transferiu para Coimbra, por bula do papa Clemente V (1308). Regressou a Lisboa em 1348, mas de novo voltou para Coimbra em 1372 e obteve licença papal para que nela se conferissem os graus de bacharel, licenciado e doutor.
O Infante D. Henrique fez-lhe doações, com a obrigação da criação de aulas de geometria e astronomia. Com várias andanças de Lisboa para Coimbra e de Coimbra para Lisboa, em 1337, D. João III estabilizou-a definitivamente em Coimbra, onde se tem conservado ao longo dos séculos até aos nossos dias. E para que melhor fosse a sua acção educativa, este rei contratou, no estrangeiro os mais ilustres professores.
D. Dinis ao criar a Universidade de Coimbra ordenou que se usasse nos documentos escritos a Língua Portuguesa, em substituição da Latina, empregue até então (1290). Protegeu os trovadores, não fosse ele o melhor trovador do seu tempo!
Após este preâmbulo sobre os princípios desta Universidade de Coimbra, o guia conduziu-nos à Biblioteca Joanina, assim chamada, por ser D. João V seu fundador, dotando-a de esplêndida ornamentação em talha dourada, cujo reinado do Rei Magnânimo fora beneficiado mercê do ouro que vinha do Brasil, pela descoberta das minas deste metal precioso que naquela ex-colónia portuguesa tinham sido descobertas, no reinado de seu pai, D. Pedro II e que muito enriquecera o património nacional, proporcionando a D. João V as notáveis construções como o Convento de Mafra, o Aqueduto das Águas Livres, a Basílica da Estrela e entre outras, a Biblioteca da Universidade de Coimbra.
O lindíssimo edifício é de um valor incalculável e está dividida em três alas: amarela representando Medicina; a azul, ligada ás Ciências e ás Tecnologias; a vermelha, lembrando Direito.
Alberga 200.000 volumes que na sua maioria, representa o que de melhor havia na Europa culta daquele tempo!
Estes livros são acessíveis à consulta de qualquer pessoa, mediante certas regras formalizadas, dado que são livros antigos dos séculos XVI, XVII, e XVIII, que têm que ser preservados e usados com todo o cuidado.
Todos estes exemplares bibliográficos estão em boas condições, porque o edifício é uma perfeita caixa-forte.
Fomos informados de todos os pormenores da construção, das madeiras empregadas nas paredes e nas estantes, da temperatura ambiental, o que protege este livros de um inimigo do papel os “papirógrafos” (insectos que se alimentam de papel), dado que as estantes são feitas de madeira de carvalho que dificulta a penetração desses bichinhos, exalando um odor que os repele.
O interior desta biblioteca é uma autêntica obra-prima de beleza e valor incalculável!
Seguiu-se a visita à Sala dos Capelos que é a principal sala da Universidade de Coimbra e é utilizada nas cerimónias académicas. A primeira destas cerimónias é a “defesa académica” do doutoramento, prova obrigatória para obtenção do grau de Doutor. Nesta altura, o candidato deve apresentar-se devidamente trajado (calça ou saia preta, batina, camisa branca, capa preta comprida e sapatos pretos), perante o júri. Após esta prova o novo doutor, vem de novo a esta sala pedir ao Reitor as insígnias doutorais: a borla (pequeno chapéu que simboliza a Inteligência) e o capelo (pequena capa, curta, de seda e veludo que simboliza a Ciência), ambos da cor correspondente à faculdade que outorgou o grau académico. Depois segue-se outra cerimónia inerente à cerimónia do doutoramento.
Mais um acontecimento importante para esta instituição, é a abertura solene das aulas (segunda Quarta-Feira do mês de Outubro) e a Investidura do Reitor que se faz de 4 em 4 anos.
O guia lembrou também que foi aqui, nesta grande sala dos actos, que ocorreram importantes episódios da vida da nação portuguesa, como as Cortes de Coimbra em 1385, onde o Dr. João das Regras, defendeu a causa de D. João, Mestre de Avis, como pretendente ao trono de Portugal, após a morte de D. Fernando, por ser filho bastardo de D. Pedro I e de D. Teresa Lourenço. Era ali a sala do Trono do Paço de Alcáçova, local onde viveram todos os reis da primeira dinastia (1143-1383).
Passámos depois pela Sala das Armas, que fazia parte da ala real do antigo paço, e alberga as armas (alabardas) da Guarda Real Académica, que ainda hoje são utilizadas pelos archeiros (que são guardas nas cerimónias solenes).
Também passámos pela Sala Amarela, contígua à das Armas que tem as paredes forradas de seda amarela para lembrar a faculdade de Medicina; a Sala Azul que evoca a faculdade de Ciência e Tecnologia; a Sala Vermelha, inerente à faculdade de Direito.
Visitámos depois, a Real Capela de S. Miguel, que foi sede da Confraria de lentes e estudantes, sob a veneração de Nossa Senhora da Luz e que tinha sido da Instituição do Infante D. Henrique. A sua estrutura arquitectónica é de uma beleza fascinante, de estilo manuelina, sobretudo nas janelas da nave central e do arco cruzeiro. É revestido de azulejo do sec. XVII. No fundo tem o trono dos reis que tinha que estar à mesma altura do belo retábulo do Altar-mor de estilo maneirista.
O púlpito foi local, onde a 25 de Novembro de 1660, o Padre António Vieira proferiu o sermão dedicado a Santa Catarina que é padroeira da Universidade de Paris e invocada como padroeira dos filósofos.
È ainda destacável o órgão barroco que data de 1737 e tem cerca de 3.000 tubos, do tempo de D. João V.
Nesta capela pode fazer-se casamentos, desde que as noivos tivessem sido alunos ou filhos de alunos que passassem pela Universidade de Coimbra.
Daqui partimos para visita à Sé Velha de Coimbra, monumento precioso e a pé atravessamos as íngremes ruelas do centro histórico da cidade, bem como a ponte sobre o Mondego, que liga as duas partes da cidade, para se ir admirar o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, monumento que fora desterrado há poucos anos, com a visita ao respectivo museu.
De longe admiramos a torre da Universidade, que foi renovada há poucos anos e onde reparamos no grande sino, chamado “a Cabra” para antigamente chamar os estudantes para as aulas.
E tínhamos que almoçar, depois desta maratona de visitas. Quem nos acolheu para o repasto foi o restaurante “Cantinho dos Reis”, onde se comeu a célebre “sopa de pedra”, aliada a outras iguarias.

De tarde fomos para Conímbriga, onde se encontram as ruínas da antiga cidade pré-românica que fica em Condeixa-a-Velha, a poucos quilómetros de Coimbra.
Estas ruínas são a principal estação arqueológica portuguesa, vestígios de uma notável urbe da Lusitânia, e importante referência da cultura e investigação científica portuguesa.
Os Romanos terão conquistado Conímbriga no ano 136 a.C., mas só no reinado do Imperador Augusto, a cidade se remodelou à maneira de Roma. Para isso foi construída uma grande muralha defensiva que marcou os limites da cidade em cerca de 15 hectares.
Conímbriga conheceu grande prosperidade na época imperial romana, mas em 468 foi tomada pelos Suevos e parcialmente destruída.
No estado actual das investigações arqueológicas, através das escavações realizadas nos últimos anos, apenas uma parte da cidade foi descoberta e conserva toda a cintura de muralhas que reforçava as óptimas condições defensivas do local. Pôde-se observar o que foi uma antiga parte do aqueduto que conduzia a água, várias casas com notáveis pavimentos (dos grandes Senhores) como a Casa dos Repuxos, mercê de restauros feitos há poucos anos. Noutra zona, intramuros, vê-se o que foi uma série de pequenas “tabernas” (lojas) e construções de tipo utilitário. Recentemente foram descobertas várias termas públicas.
Durante 3 horas ouvimos intensas explicações dadas por dois guias, divididos em dois grupos, mas que é impossível descrevê-las, até porque o nosso espaço é limitado.
Os espólios arqueológicos encontrados (moldes, esculturas, cerâmicas, etc.), encontram-se muito bem referenciados no Museu Monográfico de Conímbriga que também nos foi dado visitar.
Enfim, uma visita de estudo bastante cansativa, mas compensada pelo universo de vivências que construímos na cultura de cada um de nós.

Amélia Noronha
29/01/2011

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Os meus Natais

Os meus Natais
Como me lembro bem,
Dos meus Natais de outrora!
Na noite de consoada,
Depois da Missa do Galo,
Colocava o sapatinho,
Encostado à chaminé,
Do lado do canapé,
Para o Menino Jesus,
(não havia Pai Natal)
Deixar a minha prendinha.
No outro dia, acordava
Bem cedo, de manhãzinha.
Nada de frio ou sono.
Corria direita à sala
E, encostado à chaminé,
Do lado do canapé,
Lá estava o embrulhinho.
Até pelos nove anos,
A surpresa na lareira
Destinava-se à brincadeira.
Umas lindas bonequinhas,
Um fogão e panelinhas,
Mobília para a casa das bonecas
Ou para o chá ,umas canecas.

Depois, já mais velhinha
E na posse dos segredos,
Acabaram os brinquedos.
Mas sempre pelo Natal,
O sapato lá ficava,
Encostado à chaminé,
Do lado do canapé.
Era a mesma curiosidade
E também a ansiedade.
Ou camisola ou casacos,
Até um par de sapatos.
Em outros anos uns livros,
Uma pasta, um enfeite…
Mas tudo era um deleite!
Um pouco mais velha ainda,
Mas ainda não formada,
Com uns tostões da mesada
Passei a entrar na jogada.
Depois de todos deitados,
Ia eu, pé ante pé,
Pôr junto à chaminé,
Do lado do canapé,
Os sapatos de meus pais.
(com irmãos fui filha única)
E logo lá colocava
Os miminhos que lhes dava,
E que com muito cuidado
Levava, escondidos na mala,
Quando ia para férias.
Na manhã de Natal
A cena já não era a mesma.
Também acordava cedinho
E entrava na sala de mansinho.
Mas sentava-me no canapé,
Ao lado da chaminé,
Para esperar os pais chegar
E, juntos, os presentes desembrulhar.
Se um dia pensei pedir desculpa
Por aquelas ninharias,
Esqueci as cortesias.
O sentimento de alegria
Que os seus rostos transmitia,
Tirava-me toda a culpa.
O tempo passou
E tudo mudou.
Não corro atrás do passado.
Foi um caminho andado.
Não passo o Natal em Donelo,
Não ponho o sapato na chaminé,
Nem me sento no canapé.
Recordo com nostalgia.
Mas compensa-me a alegria
De, na noite de Natal,
Ter os filhos ao redor,
Ver as netas rir e saltar
E correr para me abraçar.

Maria Luísa Taveira

sexta-feira, dezembro 31, 2010

USAF ALEGRA O NATAL EM LARES DE IDOSOS

A Universidade Sénior e Autodidacta de Felgueiras, prosseguindo os seus objectivos no âmbito da intervenção comunitária, concretizou um programa de animação de quatro lares de idosos do Concelho, através da intervenção do seu Grupo de Teatro (com as peças “Os anjos em greve” e “Um Natal dos nossos dias”), do Conjunto de Cavaquinhos e da Tuna Académica.
Os lares onde se desenvolveu o programa foram os de Barrosas (15 de Dezembro), de Airães (17 de Dezembro), de Fijô (19 de Dezembro) e de Santa Quitéria (22 de Dezembro).
O programa, muito apreciado e aplaudido pelos idosos, só foi possível devido ao empenho dos alunos e professores da USAF e à colaboração da Câmara Municipal de Felgueiras, que disponibilizou transporte para Barrosas e Airães.







CONTO DE NATAL

Nevara durante os dois últimos dias, mas ao fim da tarde o céu ficara limpo de nuvens e as estrelas brilhavam mais durante a noite gelada de Dezembro.
Depois da ceia planeavam-se as actividades da família para o dia seguinte.
- O António e o Alberto iriam limpar oliveiras para olival dos Rechões e trariam duas cargas de rama para a corte de Vale de Serva onde o rebanho ficaria amanhã. Por sua vez o Virgílio levaria o rebanho de ovelhas lá para a Escabeda, mesmo que pouco encontrassem para comer, pelo menos arejavam.
- O Aquiles ia com os cordeiros para a trigueira de Vale da Moira e a Raquel ficaria em casa a ajudar a mãe a fazer as filhós e dava um salto à horta da Devesa com o Carlos para apanharem uma carga de nabos. Como não havia escola, o Luís levava as vacas para o lameiro de Campo Redondo.
Quem dava as ordens era a mãe, tinha ficado viúva com oito filhos pequenos, o mais velho tinha agora 19 anos e, um dos mais novos, o Artur tinha morrido logo a seguir ao pai.
Agora quem vai acomodar o gado, perguntou o Alberto que era o mais velho. Levantaram-se dois, mas já à porta o Carlos gritou pelo Luís para que trouxesse o lampião e uma faca para cortar uma abóbeda para deitar às mulas.
Os outros ficaram à volta da lareira, enquanto a Raquel, que acabara de arrumar a loiça, preparava uma vianda para os porcos.
Ainda assaram umas castanhas para o final do serão e depois foi toda a gente para a cama. Alguns já estavam a caminho quando a mãe bem alto avisou da cozinha que amanhã não havia merenda, nem almoço para ninguém, era dia de jejum.
O Luís foi o primeiro a deitar-se, mas não conseguia dormir. A cama estava fria, mas não era essa a razão. Amanhã era dia de Consoada, véspera de Natal, já andava a prepará-la há mais de duas semanas. Também estava contente porque não havia escola e podia ir com as vacas para o lameiro, apanhar míscaros e assá-los, ou ir com os cordeiros para o marfolho do trigo e vê-los brincar e saltar. Eram a sua perdição e quando podia, pegava neles ao colo, sempre que os irmãos não viam.
Já noite alta adormeceu, pedindo uma coisa ao menino Jesus, queria saber como seria o céu. O senhor padre na catequese falara que era um lugar com luzes ao sol a brilhar, tudo muito resplandecente e desde então esta ideia martelava-lhe a cabeça.
Ainda o sol não tinha nascido e já toda a gente estava a pé. Até o Luís e nem se queixou de não levar merenda, foi abrir a porta da curralada e soltou as vacas e vai de tocá-las para Campo Redondo, era ainda meia hora de caminho.
Quando já tinha metido as vacas no lameiro, despontou o sol e foi quando reparou nos carvalhos, grandes e pequenos estavam cheios de cristais pendurados das pontas dos galhos, que reflectiam a luz do sol em milhares de cores, tonalidades e cambiantes.
Nunca tinha visto nada assim, ficou embevecido e até se esqueceu de aquecer as mãos na fogueira que fizera. Correu pelos campos fora para ver se nos outros lameiros também havia luzes dependuradas das árvores, e havia.
Voltou para junto dos animais, aqueceu as mãos e os pés, sem descalçar as botas. Mas quando olhou novamente a visão tinha desaparecido. O calor do sol derretera as estalactites de gelo formadas pela neve derretida e pela geada durante a noite.
- Não importa, agora já sei como é o céu, dizia para consigo.
Nunca mais eram horas de regressar a casa para contar à mãe e aos irmãos o que tinha visto, eles não sabiam como era o céu.
Quando o sol já ia muito baixo, reuniu as vacas e foi levá-las a beber, ele também sentia fome, apeteceu-lhe beber água na fonte e comer umas castanhas, que encontrara debaixo do castanheiro grande, mas lembrou-se da recomendação da mãe, era dia de jejum.
O cheiro a polvo cozido sentia-se à porta de casa e quando entrou deparou com a mesa já posta e uma grande travessa de filhós polvilhadas de açúcar e canela em cima de um banco na cozinha.
- Posso comer uma?
- Não podes, não senhor - respondeu a irmã, atarefada com um prato de rabanadas.
- Também não te conto um segredo.
- Espera só um pouquinho, os teus irmãos estão a chegar e vamos já para a mesa, meu filho, foi dizendo a mãe, enquanto lhe tirava a boina da cabeça e lhe fazia uma carícia.
E não contou, não contou a ninguém, havia de contar à mãe, mas só depois da ceia.
Passado um bocado, ouviu-se a voz da Raquel:
- Vamos para a mesa.
De volta da mesa, todos de pé, rezaram pelo pai, pelos avós e pediu-se saúde e a graça de Deus para os de casa e depois para todo o mundo, só depois a mãe começou a servi-los. O lume crepitava forte aquecendo a casa, lá fora não havia ninguém na rua.
O polvo cozido e as batatas estavam uma delícia, e os toros de couve tronchuda com o molho de azeite, vinagre, colorau e alho criavam ainda mais apetite. Havia muitos meses que não se comia polvo em casa, mas hoje chegava para todos.
No fim da ceia os mais velhos foram acomodar o gado e depois juntaram-se aos demais rapazes da aldeia, que com um carro de bois arrebanhavam lenha pelas portas para fazerem a fogueira de Natal em frente ao adro da igreja.
Era uma fogueira enorme que ardia durante toda a noite de Consoada e todo o dia de Natal, às vezes entrava pela noite do dia 25 a arder. Os rapazes reuniam-se em volta dela, e ali ficavam depois da Missa do Galo, quer chovesse quer nevasse.
Só ficara a mãe com o Luís e a Raquel, à volta do lume onde ardia um enorme cepo de carvalho.
- Conta lá o teu segredo, disse a Raquel cheia daquela curiosidade feminina própria dos seus 15 anos.
- Só conto à mãe.
Aproximou-se mais da mãe e na inocência dos seus sete anos contou, em voz baixa, mas que dava para outros ouvirem, como o Menino Jesus lhe mostrara o céu. Quando acabou, a irmã ia dar uma gargalhada, mas a mãe arregalou-os olhos pedindo-lhe silêncio, ele abriu a boca e esfregou os olhos em sinal de cansaço.
Então a mãe pegou nele ao colo e levou-o para a cama, quis rezar com ele a oração ao anjo da guarda, mas já dormia e só quando ela lhe desprendeu a mão da sua e lhe aconchegava a roupa balbuciou: -Era o céu não era mãe? - e dormiu.

Octávio Pereira
Felg. Dez. 2005

sexta-feira, dezembro 24, 2010

MENSAGEM DE BOAS FESTAS


A Direcção da USAF deseja a todos os alunos, formadores e respectivos familiares um Bom Natal e um próspero Ano Novo.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

A Universidade aos 20 Anos

AMIGOS DA UNIVERSIDADE

O amor brilhava contra os bolsos, no fundo das calças

Os corpos iluminavam-se mesmo sem paixões

Havia o valor do saber, o gosto pela erudição

Consumíamos apontamentos, fotocópias, sebentas, sem tempo para livros

A noite irradiava como uma miríade qualquer

Tínhamos fome das mulheres, contra a solidão, um abismo sideral

Queríamos o mar para partilhar, rios opíparos cheios de sonhos

Espreitávamos curiosos os romances uns dos outros

Permanecíamos fiéis à História, mas torcíamos pelas Ciências Sociais

Achávamos graça às pedagógicas

Havia mestres no ensino e na investigação

Saudávamos salpicadamente as frequências, ou exames uns dos outros

Havia jogos que discordávamos

Tínhamos o sentido apurado da justiça e da utopia

Dávamos tudo por uma boa mulher, o resto é conversa

Éramos capazes das maiores rivalidades e maiores comunhões

Preparávamos o futuro mais brilhante

E o amor era o bastante

Sabíamos das palavras e dos silêncios uns dos outros

Raramente não nos ríamos

Mas só o amor nos revelava

Vinha dos campos a natureza apaixonada

E é a ela que devemos iluminar

Fomos um exemplo de partilha.

Francisco Carmelo, 16/11/10

(Comemoração dos 25 anos do final do curso: Licenciatura em Ensino de História e Ciências Sociais - 1985)

USAF VISITA ESCOLA DE LAGARES

No passado dia 9 de Dezembro, um grupo de alunos e de professores da USAF deslocaram-se à Escola EB 2 3 de Lagares. Esta deslocação resultou de um protocolo da iniciativa da D.ra Helena Costa, professora das disciplinas de Ciência e de Matemática do 6.º ano.
O principal objectivo foi sensibilizar os alunos de duas turmas da referida professora, que apresentam algumas dificuldades de aprendizagem, de motivação para o estudo e alguns casos, embora pontuais, de adaptação comportamental. Como tal, tratou-se de um evento cultural, formativo e pedagógico, com base numa ligação inter-geracional. Houve ainda ocasião para um momento musical, muito agradável, em que todos conviveram e se sentiram felizes. Os elementos da delegação da USAF também se sentiram rejuvenescidos e mais enriquecidos com a referida acção formativa. Não faltaram perguntas diversas dos alunos da Escola sobre os mais variados temas, às quais os elementos da USAF responderam cordialmente e em conformidade com o seu saber, as suas experiências profissionais e de vida
A USAF está disponível para continuar a deslocar-se á mesma escola, bem como a receber os mesmos alunos nas suas instalações e durante as suas actividades lectivas e culturais. De igual modo, se disponibiliza a colaborar, nesta área, com eventuais iniciativas de outras instituições que o manifestem.







quarta-feira, dezembro 08, 2010

FORMADOR DA USAF DE LUTO

Faleceu a mãe do senhor Dr. João Vieira, distinto formador da Universidade Sénior de Felgueiras. O funeral da inditosa finada realizou-se no dia oito de Dezembro, para o cemitério de Varziela.
A “ Família USAF” envia ao dr. João Vieira e seus familiares os sentidos pêsames.

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Palavra de Bispo

Palavra versus palavras

Há norte na palavra do Pastor
A leste de Timor
- Ximenes Belo.

Por estranho que pareça
Em Portugal
A Mitra de Setúbal
Coincide no meridiano
E no paralelo.

Nestas coordenadas
A palavra é forte.
É uma gota no oceano de palavras
Sem norte.

José Leite

Nota da Redacção – Neste poema, o autor destaca a importância da intervenção pública na denúncia de todas as injustiças (daí o destaque dado ao  título). Coteja e homenageia os bispos D. Ximenes Belo, ex-bispo de Díli, e D. Manuel Martins, ex-bispo de Setúbal pela suas corajosas intervenções em favor dos menos favorecidos.

terça-feira, novembro 23, 2010

A FREIRA PORTUGUESA

O drama inspira-se nas cinco “cartas portuguesas”, composição literária do século XVII, as cartas autênticas de Mariana Alcoforado, monja do convento de Beja, enamorada de um oficial francês que veio a Portugal para combater contra os espanhóis e que, depois, regressa a Paris, esquecido da paixão que nela despertara. Mariana vive nestas cartas um universo de dedicação, de ternuras, de saudades, incrédula pela abandono a que fora votada, até acabar por distinguir entre o amor como sentimento absoluto e o sujeito a quem o dedicou. Desfloresce a paixão irracional e toma consciência da triste realidade.
A falta de respostas por parte do cavaleiro ou as respostas insulsas levam-na a compreender a vacuidade do homem por ela idolatrado.
Personagens e situações nascem das cartas de Mariana. A alucinação dura um ano, durante o qual se consuma a sua aventura sentimental no interior de uma estrutura conventual e litúrgica imutável, composta por orações, rituais e cânticos.
O fantasma de Noel anima os dias e as noites de Mariana. Apresenta-se-lhe durante as orações como Cristo, regressa nos momentos da antiga felicidade, perturba-a imaginá-lo em Paris rodeado pelas damas aristocráticas ou pelas prostitutas, nas suas noites dissolutas. Neste delírio as monjas tornam-se nas mulheres que lhe roubaram o seu amor – tornam-se presenças ameaçadoras que a criticam e lhe trazem presságios sinistros.
Concluído o diálogo com Noel, ausente ou reticente, mudo ou cínico, Mariana acaba por se distanciar do amante, apesar de alguns regressos desesperados a uma paixão difícil de apagar. No final, o cavaleiro oferecerá aquelas cartas apaixonadas e sangrantes a um “antiquário” para que com elas faça negócio.
Todavia, Mariana Alcoforado existiu. A sua tumba está em Beja, no convento onde viveu até aos oitenta anos, esquecida pelo estulto e fátuo cavaleiro francês, depois de tanto, tanto sofrer.     

                                                               http://www.seivatrupe.pt

terça-feira, novembro 16, 2010

ABERTURA SOLENE DAS AULAS DA USAF - Ano lectivo de 2010-2011

Usufruindo de direitos consagrados,
Sedentos de aprender para serem iguais.
Atraíram o mestre dos mestres, para
Falar na abertura solene, por saber mais.

Daniel Serrão, cidadão do mundo,
Amante do conhecimento dominante.
Nobre e ilustre professor. Um gigante.
Incansável defensor da longa vida.
Elevado no seu profundo saber.
Lente, de fama e amizade merecida.

Senhor da sua já longa vida
Eloquente e com muita autonomia.
Razão para gostar muito de viver
Rodeado de muitos e bons amigos,
Atento ao evoluir das coisas do mundo.
Orgulho do bem que fez em tempos idos.


ACNogueira

quarta-feira, novembro 10, 2010

MAGUSTO DA USAF

A Universidade Sénior e do Autodidata de Felgueiras, vai
levar a efeito o seu magusto anual no próximo dia 12 de
Novembro.
Este evento ao qual se deverão associar todos os alunos e
professores da Usaf, bem como respectivos familiares, vai
realizar-se nas instalações da Cooperativa Agricola de Felgueiras
pelas 15 horas e 30 minutos .
Espera-se que este evento proporcione um salutar convivio.

segunda-feira, novembro 08, 2010

ABERTURA SOLENE DO ANO LECTIVO


Como acontece todos os anos, a USAF assinalou o início do ano lectivo com uma sessão solene que decorreu com um programa próprio coordenado pelo Director Executivo Octávio Pereira.
O evento decorreu no passado dia 23 de Outubro, pelas 18 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal, sob a presidência do dr. Bruno Pinheiro, Presidente do Rotary Club de Felgueiras .
A Mesa foi constituída pelos seguintes elementos: dr Bruno Pinheiro, dr. António Madeira, Governador eleito do Distrito Rotário 1970, dr. Gaspar Martins, Director Pedagógico da USAF, dr. João Sousa, Vice-Presidente da Câmara Municipal e pelo convidado especial Professor Doutor Daniel Serrão.
Após a saudação às bandeiras e da introdução feita pelo Director Pedagógico, usou da palavra Daniel Serrão que pronunciou a oração de sapiência com o tema “Cérebro Envelhecido, Cérebro Renovado”com a seguinte lição: “O cérebro melhora com a idade”. Demonstrou que a plasticidade do cérebro se mantém durante toda a vida desde que o mesmo se mantenha ocupado com actividades que o estimulem, proporcionando assim o seu desenvolvimento. Tratando-se de uma sessão aberta, para além dos professores e alunos da USAF, encontravam-se muitos convidados e todos quantos por interesse pelo tema desejaram participar, ficaram maravilhados com a intervenção de tão distinto orador.
Seguidamente, foi homenageada, pela direcção da USAF, a comissão de alunos cessante pelo seu desempenho durante quatro mandatos. A referida comissão, composta por Lucinda Carvalho, Fernanda Mendes e João Silva, recebeu os respectivos diplomas de mérito.
Recorde-se que a USAF nasceu há dez anos, sob o impulso do Rotary Club de Felgueiras, com a preocupação de dar apoio a quem, entrado na era da disponibilidade de tempo que a reforma traz, encontre na cultura o melhor lenitivo para se motivar intelectualmente e se dispor a continuar a ser útil.
A sessão foi encerrada com uma brilhante actuação da Tuna Académica da USAF que todos os presentes escutaram com muito apreço. Finalmente, foi servido um jantar com muita animação num restaurante local, proporcionando a todos uma noite de grande convívio e maior estímulo para prosseguir o ano lectivo.

 

sexta-feira, outubro 22, 2010

PROFESSOR DOUTOR DANIEL SERRÃO PROFERE ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA



A USAF – Universidade Sénior e do Autodidacta de Felgueiras abrirá, solenemente, o seu 9º ano académico 2010/11, no próximo dia 23 de Outubro.

A sessão solene terá lugar no Auditório da Biblioteca Municipal pelas 18H30, com a presença dos Ex.mos Senhores, Professor Doutor Daniel Serrão, Presidente da Câmara Municipal de Felgueiras bem como do Governador do Rotary e será abrilhantada pela Tuna Académica da USAF.

O Professor Doutor Daniel Serrão proferirá uma palestra sobre o tema " Cérebro Envelhecido, Cérebro Renovado ".

O orador, Professor Daniel Serrão, constitui um testemunho exemplar no contributo que deu para o prestígio nas organizações de saúde, assim como um exemplo de cidadania e competência, caracterizado por uma brilhante carreira de docente nas ciências da saúde sobretudo no campo da patologia e no campo da ética médica e da bioética.

O Professor Daniel Serrão possui um notável currículo, destacando-se: designação pelo papa João Paulo II para membro da Pontifícia Academia per la Vita, agraciado pelo Presidente da República com a Grão Cruz de Santiago de Espada, foi designado membro do Internacional Committee Of Bioethics, nomeado pelo Conselho de Ministros para presidir ao Conselho de Reflexão sobre a Saúde e recebeu recentemente o Prémio Nacional de Saúde 2010. Foi Professor Catedrático de Anatomia Patológica na Faculdade de Medicina do Porto bem como Director do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital de S, João.

No encerramento deste evento será servido, aos convidados, um jantar com animação, num restaurante local.

Dado tratar-se de uma acção de grande interesse cultural e científico apela-se à comparência da população Felgueirense.

domingo, setembro 26, 2010

USAF - Horário 2010-11

(clique no horário para ampliar)

  • Haverá sempre um intervalo de 15 minutos entre cada aula
  • Este Horário poderá ser alterado em função da disponibilidade de horário dos professores de Literatura e Cultura Portuguesa, Problemáticas e Psicologia
  • As aulas iniciam-se no dia 6 de Outubro de 2010 e terminarão a 31 de Maio de 2011.
  • Não haverá actividades de 18 de Dezembro de 2010 a 3 de Janeiro de 2011.
  • As férias de Carnaval e da Páscoa serão marcadas oportunamente
  • As aulas de Artes Decorativas terão a duração de hora e meia, as demais serão de uma hora.
  • A “Abertura solene do Ano Lectivo” está marcado para 23 de Outubro de 2010 e será convidado especial o senhor Pof. Dr. Daniel Serrão
  • As aulas de Saúde, Direito, Economia e Fiscalidade serão em regime rotativo.
  • Se em alguma disciplina não houver inscrições suficientes a mesma será suspensa.
  • A Tuna ensaia todas as 3ª. Feiras das 21.00 às 22.30 H.